Quando a grande Lua, laranja sua côr, tomava conta daquele escuro céu de Verão no calmo Alentejo, observei o meu avô a contemplá-la. Sorria, perdido em memórias e recordações. Envolvi-me também no seu sorriso, e assim esperei por quem falasse.
"Oh Lua que vais tão alta,
Redonda como um caixote (ou tamanco),
Maria trás lá a escada,
Que eu não chego lá com o banco"
Maria trás lá a escada,
Que eu não chego lá com o banco"
Sei que são memórias de um tempo vivído que desgasta um velho sábio, por seus anos, com a dureza da saudade. Mas nós rimos. Chorámos e rimos, sem quase motivo aparente. Talvez pela graça do poema, talvez por ali representarmos o 'Passado e Futuro', não sei bem, mas soube bem.
A Lua testemunhou tal feito, perante a cumplicidade que nos encontrámos, ela sorria e assim éramos três.
Foram noites, que em toda a minha vida, certamente, pedirei para voltarem.

As noites podem não voltar, mas estarás sempre nelas, se assim quiseres.
ResponderEliminareu fui uma das personagens... sempre estarei nelas. (:
ResponderEliminarFico feliz por esses belos sentimentos, e gostava de ter momentos desses, mas nunca cheguei a conhecer nenhum dos meus avôs.. Beijinho :)
ResponderEliminarA Lua encerra confissões e segredos,
ResponderEliminarPartilha com as estrelas estranhas emoçoes,
Consola o coraçao de quem vive angustias e medos,
Abre nossos olhos quando indagamos soluçoes...
Testemunha erros do nosso passado,
Mas ilumina esperanças do futuro...
´E um poema vivo jamais findado,
´E a força que nos faz saltar aquele muro...
Miuda, agarra com fe e sabedoria os momentos de tua vida, nao fiques presa a angustias, revoltas, medos, rancores.....tira isso da tua mochila! Vive, na essência de amar, na sabedoria de perdoar, na energia de desejar, sem permitires que o passado te oprima, pois certamente que o futuro te dara cousas grandes, emoçoes fortes e sonhos vividos!
Que recordação tão bonita :)
ResponderEliminar(E agradeço que tenhas gostado do meu post :3)